terça-feira, 6 de maio de 2008

Fordlandia


É o seguinte:

Henry Ford, em 1927, montou um projeto (650.000 ha) de plantação de seringueiras em plena selva amazonica às margens do Rio Tapajós para suportar a fabricação de pneus para seus carros.No meio do nada construiu duas cidades em moldes americanos.

Por alguma razão, o Projeto não deu certo . Concomitantemente a Indonésia entrou no mercado da borracha (utilizando-se de mudas brasileiras) com um preço muito inferior.


Os americanos foram embora, deixando atrás de si as duas Fordlandias na Floresta Amazonica. Uma delas foi conservada até 1994, até o fechamento da representação do Ministério da Agricultura. Depois disso o tempo e o homem se encarregaram de destruí-la.


A outra Fordlandia ainda sobrevive. Fomos para lá .

Percorrermos um pedaço da Rodovia Santarém-Cuiabá DF 163 em direção à Fordlandia, município de Belterra.
A placa, na saída de Santarém nos lembra como estamos longe de casa.


Depois nos lembramos como aqui se cria gado.


E quando o asfalto acabou, após pouco mais de 50 km, deu para sentir como seriam os outros 850 km até Cuiabá. Ainda vamos percorrer essa estrada, mas em outra viagem.

No trevo de acesso a Belterra (Fordlandia) tem um Trator de Esteiras Americano que foi usado na destoca das terras para o plantio das Seringueiras no auge do ciclo da Borracha.

E não conseguimos descobrir a marca. Deu para ver que não havia equipamento hidráulico nessa época, por isso era todo mecanico.



A Rua Principal, uma avenida larga com passeios grandes e sem cercas.As ruas, simetricamente traçadas em horizontal e vertical tem indicação de letras e numeros: um verdadeiro jogo de campo minado. Rua J, esquina com a esquina 5.

Logo na entrada se avista a caixa dágua que abastece a cidade, toda construída de ferro.


Na praça da cidade, de um lado a Igreja Batista

e de outro a Igreja Católica

Entre as duas igrejas, no meio da praça a figura do Seringueiro


Na parte antiga da cidade, as casas feitas com madeira brasileira mas tratada com produtos conservantes americanos, e hoje apos quase 100 anos continuam intactas!

Todas com um mesmo estilo
E cada qual com seus bancos na calçada


Ainda existem alguns hidrantes na rua.

Há um bosque preservado com as originais seringueiras que foram plantadas pelos escravos africanos que trabalharam por lá.

Esta era a casa destinada a Ford quando viesse. Segundo o livro Fordlandia, (de Eduardo Sguiglia, Editora Iluminuras) ele esteve aqui uma vez. Segundo seu Manoel, que trabalhou na época da implantação, o"chefão"nunca apareceu por aqui.


Esta era a suite. À direita da foto o banheiro, à esquerda o closet. Lembre que estamos falando de 1927.


foi uma visita a um Panteon dos Heróis seringueiros da Amazonia. Foi o passeio de hoje.

Um comentário:

Unknown disse...

Gostei dessa parte! Imagino que vcs são a atração destas cidadezinhas não? Alguém já perguntou o que um cara de Piraí do Sul anda fazendo por aí??? rsrsrs
E um violão a noite em algum lugar, já rolou? O duro deve ser uma mosquitada não? kkkkkkk kk kkkk k kkkk
Bjo t amo véio